
A Escrava Isaura é um romance de Bernardo Guimarães que teve sua primeira edição publicada em 1875, pela B.L. Garnier, Rio de Janeiro. Com o romance, Bernardo Guimarães obteve fama, sendo reconhecido até pelo imperador do Brasil, Dom Pedro II. Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso. O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro. O estudioso Manuel Cavalcanti Proença observa que: Numa literatura não muito abundante em manifestação abolicionistas, é obra de muita importância, pelo modo sentimental como focalizou o problema, atingindo principalmente o público feminino, que encontrava na literatura de ficção derivativo e caminho de fuga, numa sociedade em que a mulher só saía à rua acompanhada e em dias pré-estabelecidos; o mais do tempo ficava retida em casa, sem trabalho obrigatório, bordando, cosendo, ouvindo e falando mexericos, isto é, enredos e intrigas, como se dizia no tempo e ainda se diz neste romance.
Author

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães was born in the city of Ouro Preto, in Minas Gerais, to João Joaquim da Silva Guimarães (a poet) and Constança Beatriz de Oliveira Guimarães. He graduated himself at the Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo in 1847, where he befriended the poets Álvares de Azevedo and Aureliano Lessa. With those and others, he founded the "Sociedade Epicureia" ("Epicurean Society") in the same year, and also planned with them an unsuccessful collection of poetry called As Três Liras (in English: The Three Lyres). In 1852, he became a judge in the city of Catalão, Goiás, a post he held until 1854. He moved to Rio de Janeiro in 1858, and, in the following year, worked as a literary critic in the newspaper Atualidade. He returned to his duty of judge of Catalão in 1861, but returns once again to Rio de Janeiro in 1864. In 1866, he became teacher of Rhetoric and Poetics in Ouro Preto. He got married in 1867. In 1873, he became teacher of Latin and French in the city of Queluz, in Minas Gerais. He is honored by the Brazilian monarch Pedro II in 1881. Bernardo died poor, in Ouro Preto, in 1884.