Margins
Antologia personal poesia portuguesa book cover
Antologia personal poesia portuguesa
1999
First Published
4.35
Average Rating
564
Number of Pages

«Esta é a poesia portuguesa que, após mais de quarenta anos de lê-la, a memória me traz à tona. Às vezes é só um verso (Floriram por engano as rosas bravas..., E cercarom-mi as ondas, que grandes som...) outras é todo o poema ( Aquela triste e leda madrugada / Cheia toda de mágoa e de piedade..., Dá a surpresa de ser, / é alta, de um louro escuro...) que me procuram e insistem em acompanhar. São estas cintilações da memória que, depois de tanto tempo de convívio, ainda amo, e em grande parte à sombra das quais a minha própria poesia cresceu, que resolvi partilhar com os outros. É só isto, esta antologia: uma escolha pessoalíssima, portanto, a estimular outras, igualmente pessoais, que os leitores não deixarão de fazer em diálogo comigo.» É assim que começa a introdução do poeta Eugénio de Andrade à "sua antologia pessoal da poesia portuguesa", "a mais nobre expressão do génio" nacional, um volume de 500 páginas, com poemas de 58 autores, dos trovadores medievais até Ruy Belo. O poeta não inclui nenhum autor vivo, como ele explica, um limite que se impôs. Falta que assume, convocando as palavras de Vitorino Nemésio: «Porque eu também sei como é arriscado "diagnosticar grandezas num contorno necessariamente mesquinho - ou melhor: num âmbito soalheirito literário onde todos nos conhecemos e não estamos dispostos a entrar na forma dos tamanhos"..., para o dizermos nas palavras de Vitorino Nemésio, que sabia do que falava.» Ao jornal "Público" (1.11.99) enumerou os "pontos altos" da antologia: começam com os cancioneiros medievais, amplamente representados, destacando-se Pero Meogo e D. Dinis, seguem-se Gil Vicente, Sá de Miranda e Camões. O novo "pico" chega já em plena segunda metade do século XIX, com Antero de Quental e Gomes Leal. Depois vêm Nobre, Cesário, Pessanha, Pascoaes, Pessoa e Sá-Carneiro. Entre os nascidos no século XX, sublinha os nomes de Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Carlos de Oliveira e Ruy Belo (a escolha inclui ainda José Gomes Ferreira, José Régio, Casais Monteiro, Manuel da Fonseca, Pedro Homem de Mello, Torga, Carlos Queiroz, Cinatti, O'Neill e David Mourão Ferreira). Uma das curiosidades é a inclusão dos romances tradicionais de autores anónimos, como "A Nau Catrineta", "Silvaninha", "Donzela que vai à Guerra", entre outros. Refira-se ainda um apêndice com apontamentos pessoais aos textos. O livro foi editado em formato de bolso, por sugestão de Eugénio de Andrade, para que "se possa levar na algibeira da gabardina e ler no autocarro».

Avg Rating
4.35
Number of Ratings
60
5 STARS
48%
4 STARS
38%
3 STARS
13%
2 STARS
0%
1 STARS
0%
goodreads

Author

Eugenio de Andrade
Eugenio de Andrade
Author · 16 books

The Portuguese poet Eugénio de Andrade, pseudonym of José Fontinhas, is revered as one of the leading names in contemporary Portuguese poetry. His poetry is most striking for the depth of his short poems. One of Eugénio de Andrade's most known poems is his Poem to Mother. In 2001, he received the Portuguese award Prémio Camões.

548 Market St PMB 65688, San Francisco California 94104-5401 USA
© 2025 Paratext Inc. All rights reserved