
Com prefácio de Augusto Massi, Antologia pessoal traz uma reunião inédita de textos de Dalton Trevisan, um dos maiores contistas da literatura brasileira. Da constelação de sua vasta produção literária, Dalton Trevisan selecionou 94 contos. Com prefácio do crítico Augusto Massi, esta Antologia pessoal proporciona, ao mesmo tempo, um rito de iniciação aos novos leitores e, àqueles que já são íntimos do Vampiro de Curitiba, um inventário de suas melhores histórias. Integralmente dedicado à literatura e um mestre da privacidade, Trevisan é dos autores com maior produção na literatura brasileira das últimas décadas, sem jamais reduzir sua força criativa, de caráter experimental, expressiva e transformativa. Neste novo autorretrato, a mais ampla e representativa de suas antologias, reúne contos de Novelas nada exemplares (1959) até O beijo na nuca (2014), deixando antever suas referências literárias, as diferentes formas narrativas que adotou ao longo da carreira e o "bazar poético" – nas palavras de Augusto Massi – de suas frases e aforismos. Demonstrando a longevidade e a contemporaneidade da obra de Dalton Trevisan, Antologia pessoal reafirma a sua inquestionável potência como um dos mais importantes contistas da literatura brasileira.
Author

Nasceu na cidade de Curitiba, em 14 de junho de 1925. Formou-se na Faculdade de Direito do Paraná e liderou o grupo literário que publicou, entre 1946 e 1948, a revista Joaquim. A publicação, que circulou até dezembro de 1948, continha o material de seus primeiros livros de ficção, incluindo Sonata ao luar (1945) e Sete anos de pastor (1948). Em 1954, publicou o Guia Histórico de Curitiba, Crônicas da Província de Curitiba, O dia de Marcos e Os domingos ou Ao armazém do Lucas, edições populares à maneira dos folhetos de feira. A partir dos habitantes da cidade, criou personagens e situações de significado universal, em que as tramas psicológicas e os costumes são recriados por meio de uma linguagem concisa e popular, que valoriza os incidentes do cotidiano sofrido e angustiante. Publicou também Novelas nada exemplares (1959), Morte na praça (1964), Cemitério de elefantes (1964) e O vampiro de Curitiba (1965). Isolado dos meios intelectuais e concorrendo sob pseudônimo, Trevisan conquistou o primeiro lugar do I Concurso Nacional de Contos do Estado do Paraná, em 1968. Escreveu depois A guerra conjugal (1969) – mais tarde transformada em filme –, Crimes da paixão (1978) e Lincha tarado (1980). Em 1994, publicou Ah, é?, obra-prima do estilo minimalista. Seu único romance publicado é A polaquinha. Trevisan é reconhecido como um dos maiores contistas vivos da literatura brasileira pela maioria dos críticos do país. Apesar disso, é avesso a entrevistas e exposições em órgãos de comunicação social. Por esse motivo recebeu a alcunha de “Vampiro de Curitiba”, nome de um de seus livros. Além da Literatura, Trevisan exerce a advocacia e é proprietário de uma fábrica de vidros. Fonte