
Drácula e Batman discutem no asilo. Robespierre tenta subornar o carrasco. Goya e Picasso conversam sob o sol da Côte d’Azur. Juvenal planeja matar a mulher, Marinei, que o despreza. A recém-casada Heleninha pede conselhos ao urso de pelúcia. Qual um existencialista dotado de senso de humor, Luis Fernando Verissimo persegue em suas crônicas o absurdo que marca a existência humana. Nos textos reunidos em Diálogos impossíveis, o autor escreve sobre impossibilidade, incomunicabilidade e mal-entendidos. Imagina como seria Don Juan tentando seduzir a própria Morte ou a conversa cotidiana de um casal que se desentende na hora de dormir. O homem – e, sejamos igualitários, a mulher – parece falar o que não deve e calar no fundamental. Para sorte do leitor, Verissimo está sempre por perto, registrando os hilariantes momentos em que o ser humano exerce sua vocação para a confusão. O autor cria situações surreais, como o incorruptível Robespierre tentando subornar o carrasco; Goya e Picasso conversando sob o sol da Côte d’Azur. Há ainda o relato de Juvenal que planeja matar a mulher, Marinei, que o despreza, e da recém-casada Heleninha cujo urso de pelúcia é seu maior conselheiro. Nas crônicas reunidas no livro, Verissimo escreve enfim, sobre a vida.
Author

Nascido em Porto Alegre e filho do também escritor Érico Verissimo, Luis Fernando Verissimo é famoso por suas crônicas cheias de ironia humorística. Além de escritor, ele também é jornalista, publicitário, cartunista e tradutor. Entre suas paixões, estão a família, o time de paixão, Internacional de Porto Alegre, e o jazz sendo praticamente inseparável de seu saxofone. Seus amigos o definem como "uma pessoa que fala escrevendo". Em público, ele é tímido e de forma alguma aparenta ser o autor de seus irreverentes textos. É considerado o escritor que mais vende livros no Brasil.