Margins
Diário do Hospício / O Cemitério dos Vivos book cover
Diário do Hospício / O Cemitério dos Vivos
1988
First Published
4.05
Average Rating
287
Number of Pages
O volume reúne duas obras de Lima Barreto, Diário do Hospício e a novela inacabada O Cemitério dos Vivos. O primeiro é um documento impressionante da internação do escritor, entre o natal de 1919 e fevereiro de 1920, no Hospício Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro. O segundo enfrenta, em chave ficcional, a experiência da loucura, narrada no primeiro. Publicados postumamente, em 1953, funcionam como vasos comunicantes. Esta nova Edição, além de contar com um prefácio exclusivo do crítico Alfredo Bosi, oferece um conjunto inédito de informações que entrelaça diferentes disciplinas: crítica literária, história e psiquiatria. Aliando pesquisa iconográfica e a reprodução de crônicas de escritores como Machado de Assis, Raul Pompéia e Olavo Bilac, o drama pessoal do escritor ressurge num quadro histórico mais amplo em torno do Hospício e da capital da República, na virada do século XIX para o século XX.
Avg Rating
4.05
Number of Ratings
236
5 STARS
37%
4 STARS
36%
3 STARS
21%
2 STARS
5%
1 STARS
0%
goodreads

Author

Lima Barreto
Lima Barreto
Author · 11 books

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de Janeiro. Enfrentou o preconceito por ser mestiço durante a vida. Ficou órfão aos sete anos de idade de mãe e, algum tempo depois, seu pai foi trabalhar como almoxarife em um asilo de loucos chamado Colônia de Alienados da Ilha do Governador. Concluiu o curso secundário na Escola Politécnica, contudo, teve que abandonar a faculdade de Engenharia, pois seu pai havia sido internado, vítima de loucura, e o autor foi obrigado a arcar com as despesas de casa. Como leu bastante após a conclusão do segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa. Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918. Não foi reconhecido na literatura de sua época, apenas após sua morte. Viveu uma vida boêmia, solitária e entregue à bebida. Quando tornou-se alcoólatra, foi internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha, em razão das alucinações que sofria durante seus estados de embriaguez. Lima Barreto fez de suas experiências pessoais canais de temáticas para seus livros. Em seus livros denunciou a desigualdade social, como em Clara dos Anjos; o racismo sofrido pelos negros e mestiços e também as decisões políticas quanto à Primeira República. Além disso, revelou seus sentimentos quanto ao que sofreu durante suas internações no Hospício Nacional em seu livro O cemitério dos vivos. Sua principal obra foi Triste fim de Policarpo Quaresma, no qual relata a vida de um funcionário público, nacionalista fanático, representado pela figura de Policarpo Quaresma. Dentre os desejos absurdos desta personagem está o de resolver os problemas do país e o de oficializar o tupi como língua brasileira.

548 Market St PMB 65688, San Francisco California 94104-5401 USA
© 2025 Paratext Inc. All rights reserved