
Zbirka Dvadeset stepenika donosi jedanaest pripovedaka koje su sve napisane zbog nečije želje. Uhvaćena je, recimo, „drugi pogled“ na Ugledanje na ružu čuvene brazilske spisateljice Klaris Lispektor, dok je Noć u Ladendenu omaž Emili Bronte, a Jedinstvena dama lična posveta autorke samoj književnosti. U svim pričama glavne su junakinje, smeštene u grotesknom univerzumu gde se dobro i zlo jedva razlikuju. „U pitanju je čudovišna, htonska ženstvenost, u nevidljivom vremenu. Začarane, osakaćene, žene obeležene fatalnom sudbinom, daleko od snova i uhvaćene u svoje priče, uz muškarce koji su tu gotovo uvek da potcrtaju tragičnu ženstvenost.“ (iz pogovora Ane Kuzmanović Jovanović) Elija Koreja je značajna, upečatljiva, originalna i višestruko nagrađivana portugalska autorka koja prvi put pred srpskom čitalačkom publikom rasprostire svoj autentični književni univerzum.
Author

HÉLIA CORREIA nasceu em Fevereiro de 1949, licenciada em Filologia Românica e professora de Português do ensino secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético. Na sua ficção, conflui o reatar de uma herança literária que impõe certa linearidade à escrita romanesca com a assimilação de traços da narrativa contemporânea que vão de um García Márquez ou Carpentier até à novelística de Agustina Bessa-Luís, numa tendência para surpreender o sobrenatural no quotidiano da vida provinciana e burguesa, ou para transpor para a escrita romanesca o plano em que a dimensão social das relações humanas se cruza com a religiosidade, com a superstição e até com o irracional. Estreou-se na poesia, em 1981, com O Separar das Águas e O Número dos Vivos em 1982. A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, deu à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum. Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma, e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto. Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser, e em 2006 o Prémio Máxima de Literatura, pela obra Bastardia.