
“[Com Montaigne], a vida humana torna-se problemática, no sentido moderno, pela primeira vez.” - Erich Auerbach Eis um livro que influenciou todos os grandes pensadores, no mundo inteiro: os Ensaios, de Michel de Montaigne (1533-1592), que reúne textos independentes sobre temas diversos, desde a natureza do ato de refletir à tristeza. Uma das mentes mais originais de que já se teve notícia, Montaigne foi um humanista radical, um precursor do Iluminismo. Sem ser acadêmico, militar, professor ou religioso, colocou a própria consciência no centro de qualquer reflexão que poderia fazer. E o fez com extrema graça, estilo e espírito, legando à posteridade três grandes volumes de sua autoria. Aqui o leitor encontra os primeiros 25 textos dos Ensaios, que compõem a primeira metade do Livro I da obra do autor. Dentre eles destacam-se “Que filosofar é aprender a morrer”, uma reflexão sobre a vida e a morte, e “Da educação das crianças”, um libelo por uma educação humanista e pelo livre-pensamento. Contém: I - Por meios diversos se chega ao mesmo fim II - Da tristeza III - Nossas afeições se exaltam para além de nós IV - Como a alma descarrega suas paixões sobre objetos falsos, quando os verdadeiros lhe faltam V - Se o chefe de uma fortaleza sitiada deve sair para parlamentar VI - A perigosa hora das negociações VII - Que a intenção julga nossas ações VIII - Da ociosidade IX - Dos mentirosos X - Do falar imediato ou tardio XI - Dos prognósticos XII - Da constância XIII - Cerimônia de encontro dos reis XIV - São punidos aqueles que sem razão se obstinam numa fortaleza XV - Da punição da covardia XVI - Uma característica de alguns embaixadores XVII - Do medo XVIII - Que só se deve julgar sobre nossa felicidade após a morte XIX - Que filosofar é aprender a morrar XX - Da força da imaginação XXI - O lucro de um é o prejuízo de outro XXII - Do costume, e de não mudar facilmente uma lei aceita XXIII - Diversos resultados da mesma resolução XXIV - Do pedantismo XXV - Da educação das crianças
Author

Michel Eyquem de Montaigne (1532-1592) was one of the most influential writers of the French Renaissance. Montaigne is known for popularizing the essay as a literary genre. He became famous for his effortless ability to merge serious intellectual speculation with casual anecdotes and autobiography—and his massive volume Essais (translated literally as "Attempts") contains, to this day, some of the most widely influential essays ever written. Montaigne had a direct influence on writers the world over, from William Shakespeare to René Descartes, from Ralph Waldo Emerson to Stephan Zweig, from Friedrich Nietzsche to Jean-Jacques Rousseau. He was a conservative and earnest Catholic but, as a result of his anti-dogmatic cast of mind, he is considered the father, alongside his contemporary and intimate friend Étienne de La Boétie, of the "anti-conformist" tradition in French literature. In his own time, Montaigne was admired more as a statesman then as an author. The tendency in his essays to digress into anecdotes and personal ruminations was seen as detrimental to proper style rather than as an innovation, and his declaration that, "I am myself the matter of my book", was viewed by his contemporaries as self-indulgent. In time, however, Montaigne would be recognized as embodying, perhaps better than any other author of his time, the spirit of freely entertaining doubt which began to emerge at that time. He is most famously known for his skeptical remark, "Que sais-je?" ("What do I know?"). Remarkably modern even to readers today, Montaigne's attempt to examine the world through the lens of the only thing he can depend on implicitly—his own judgment—makes him more accessible to modern readers than any other author of the Renaissance. Much of modern literary nonfiction has found inspiration in Montaigne, and writers of all kinds continue to read him for his masterful balance of intellectual knowledge and personal storytelling.