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FEBEAPÁ 1 – Festival de Besteiras que Assola o País foi o primeiro livro da trilogia, publicado em 1966 por Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto). Tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Era uma forma de criticar a repressão militar já presente nos primeiros Atos Institucionais (que tinham a sugestiva sigla de AI). Um deles noticiou a decisão da ditadura militar de mandar prender o autor grego Sófocles, que morreu há séculos, por causa do conteúdo subversivo de uma peça encenada na ocasião. Satirizando o colunista Jacinto de Thormes (pseudônimo de Maneco Muller), Porto, na pele de Stanislaw, criou uma seção chamada “As Certinhas do Lalau”, onde cada edição falava de uma musa da temporada, e muitas vedetes e atrizes foram eleitas “certinhas” pela pena admirável do jornalista. Alcançou a fama por seu senso de humor refinado e a crítica mordaz aos costumes. Sua jornada diária nunca era inferior a 15 horas de trabalho. Escrevia para o rádio, para a TV, onde chegou a apresentar programas, e também para revistas e jornais, além de idealizar seus livros. O excesso de obrigações seria demais para o cardíaco Sérgio Porto, que morreu de infarto aos 45 anos de idade.
Authors

Sérgio Marcus Rangel Porto (January 11, 1923 in Rio de Janeiro – September 30, 1968) was a Brazilian columnist, writer, broadcaster and composer. He was better known by his pen name Stanislaw Ponte Preta.[1] Sergio began his journalistic career in the late 1940s, working in publications such as Sombra and Manchete magazines and newspapers Ultima Hora, Tribuna da Imprensa and Diário Carioca. In the same period Tomás Santa Rosa also acted in several newspapers and newsletters as an illustrator. It was then that the character Stanislaw Ponte Preta and his satirical and critical chronicles was born, a creation of Sergio along with Santa Rosa - the character's first illustrator - inspired by the character Serafim Ponte Grande by Oswald de Andrade. Porto has also contributed to music publications and wrote musical shows for nightclubs, as well as composing the song "Samba do Crioulo Doido" for revue theater. He was also the creator and producer of the beauty pageant's As Certinhas do Lalau, which featured vedettes such as Anilza Leoni, Diana Morel, Rose Rondelli, Maria Pompeo,and Irma Alvarez, and of the FEBEAPÁ - Festival de Besteira que Assola o País (Festival of Nonsense which Sweeps the Country),a news satire column where he made corrosive jokes against the military dictatorship, and the social moralism of his time.[2][3] Porto died in 1968, before the dictatorship's Institutional Act n°5, that established censorship in the Brazilian press.

Sérgio Marcus Rangel Porto foi um cronista, escritor, radialista e compositor brasileiro. Era mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta. Sérgio começou sua carreira jornalística no final dos anos 40, atuando em publicações como as revistas Sombra e Manchete e os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca. Nesse mesmo período Tomás Santa Rosa também atuava em vários jornais e boletins como ilustrador. Foi aí que surgiu o personagem Stanislaw Ponte Preta e suas crônicas satíricas e críticas, uma criação de Sérgio juntamente com Santa Rosa - o primeiro ilustrador do personagem -, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade. Porto também contribuiu com publicações sobre música e escreveu shows musicais para boates, além de compor a música "Samba do Crioulo Doido" para o teatro rebolado. Foi também o criador e produtor do concurso de beleza As Certinhas do Lalau, onde figuravam vedetes de primeira grandeza, como Anilza Leoni, Diana Morel, Rose Rondelli, Maria Pompeo, Irma Alvarez e muitas outras. Conhecedor de Música Popular Brasileira e jazz, ele definia a verdadeira MPB pela sigla MPBB - Música Popular Bem Brasileira. Era boêmio, de um admirável senso de humor e sua aparência de homem sisudo escondia um intelectual peculiar capaz de fazer piadas corrosivas contra a ditadura militar e o moralismo social vigente, que fazem parte do FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País, uma de suas maiores criações.