
(Bibliothèque Portugaise) Maria da Graça est femme de ménage, elle a l’ambition de mourir d’amour. Elle rêve toutes les nuits qu’elle essaye d’entrer au paradis pour y retrouver monsieur Ferreira, son patron, qui, bien qu’avare et ayant abusé d’elle, lui parlait de Goya, Bergman ou Mozart, des hommes capables d’impressionner Dieu en personne. Mais les portes du paradis sont encombrées de marchands de souvenirs et saint Pierre la repousse à chaque fois. Elle verse aussi tous les soirs quelques gouttes d’eau de Javel dans la soupe de son mari. Quitéria, son amie, se prostitue mais tombe amoureuse d’un émigré ukrainien désespéré. Comme Maria da Graça, tous les personnages de ce roman cherchent leur paradis et, pleins d’espoirs ou sans espoir, ils pensent que le bonheur vaut tous les risques, même s’il faut sauter allègrement dans l’abîme. V.H. Mãe dessine ici avec humour un portrait caustique et tendre de notre temps, à travers des personnages attachants qui avancent sur les chemins sinueux d’une société perturbée.
Author

valter hugo mãe é o nome artístico do escritor português Valter Hugo Lemos. Além de escritor é editor, artista plástico e cantor. Nasceu em Saurimo, Angola em 1971. Passou a infância em Paços de Ferreira e, actualmente, vive em Vila do Conde. É licenciado em Direito e pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Vencedor do Prémio José Saramago no ano de 2007 É autor dos livros de poesia: Livro de Maldições (2006); O Resto da Minha Alegria Seguido de a Remoção das Almas e Útero (2003); A Cobrição das Filhas (2001); Estou Escondido na Cor Amarga do Fim da Tarde e Três Minutos Antes de a Maré Encher (2000); Egon Shiele Auto-Retrato de Dupla Encarnação, (Prémio de Poesia Almeida Garrett) e Entorno a Casa Sobre a Cabeça (1999); O Sol Pôs-se Calmo Sem Me Acordar (1997) e Silencioso Sorpo de Fuga (1996). Escreveu ainda o romance O Nosso Reino (2004). Organizou as antologias: O Encantador de Palavras, poesia de Manoel de Barros; Série Poeta, em homenagem a Julio-Saúl Dias; Quem Quer Casar com a Poetisa, poesia de Adília Lopes; O Futuro em Anos Luz, por sugestão do Porto 2001; Desfocados pelo Vento, A Poesia dos Anos 80, Agora.