
Poemas de Nuno Júdice. 1986. Nuno Júdice, Mexilhoeira Grande, Portimão, 1949 Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa e doutorou-se pela Universidade Nova de Lisboa, com uma tese sobre Literatura Medieval, onde é professor. Exerceu as funções de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004) e de Director do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou antologias, como a da Poesia do Futurismo Português, edições críticas como a dos Sonetos de Antero de Quental e tem uma colaboração regular em jornais e revistas com críticas de livros e crónicas. Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do século XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997). Colaborou em acções de divulgação cultural, como as «Letras Francesas» (1989), com uma apresentação de autores franceses contemporâneos e organizou a «Semana Europeia de Poesia» no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura (1994). Poeta e ficcionista, publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus, em 1990 e o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, este último com o livro Meditação sobre ruínas que foi também finalista do Prémio Europeu de Literatura, Aristeion, o Grande Prémio de Literatura dst, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, o Prémio de Poesia Cesário Verde, o Prémio Literário Fernando Namora / Estoril Sol, o Prémio de Poesia Ana Hatherly, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos. Tem livros traduzidos em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e em França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard com Un chant dans l'epaisseur du temps. Director das revistas literárias Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa (1996-1999) e da «Colóquio-Letras» (desde 2009) e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49ª Feira do Livro de Frankfurt, que teve Portugal como país-tema. Centro de Documentação de Autores Portugueses 05/2015
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NUNO JÚDICE nasceu na Mexilhoeira Grande, Portimão, em 29 de Abril de 1949. Licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor do ensino secundário. Foi Professor Catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em Literaturas Românicas Comparadas, em 1988 com a tese O espaço do conto no texto medieval. Colaborou ainda nas publicações O Tempo e o Modo e Jornal de Letras. A partir de 1997, foi nomeado Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões, em Paris. Foi comissário para a área da Literatura de «Portugal como país-tema da 49.ª Feira do Livro de Frankfurt». Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do séc. XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997). Tem livros traduzidos em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e em França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard com Un chant dans l'epaisseur du temps. Escreveu obras de ficção, como Plâncton (1981), A Manta Religiosa (1982), O Tesouro da Rainha de Sabá (1984), Vésperas de Sombras (1999) e Por Todos os Séculos (1999); Publicou o primeiro livro de poesia em 1972: A Noção do Poema. Seguiram-se Crítica Doméstica dos Paralelipípedos (1973), O Mecanismo Romântico da Fragmentação (1975), O Voo de Igitur Num Copo de Dados (1981), A Partilha dos Mitos (1982), Lira de Líquen (1985, Prémio Pen Club Português), A Condescendência do Ser (1988), Enumeração de Sombras (1989), As Regras da Perspectiva (1990), Um Canto na Espessura do Tempo (1992), Meditação sobre Ruínas (1994, Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, 1995), O Movimento do Mundo (1996), A Fonte da Vida (1997), Raptos/Enlévements/Kidnappings (1998, poemas escolhidos, com ilustrações de Jorge Martins), Teoria Geral do Sentimento (1999), Linhas de Água (2000) e A Árvore dos Milagres (2000). De entre as suas obras de ensaio destacam-se A Era do «Orpheu» (1986), O Espaço do Conto no Texto Medieval (1991), O Processo Poético (1992) e As Máscaras do Poema (1998), sendo esta última obra uma recolha de muitos dos seus textos de ensaio e crítica. Em 1996, foi lançada a revista Tabacaria dirigida pelo escritor. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: Pen Clube (1985), D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1990) e da Associação Portuguesa de Escritores (1994), este último com o livro Meditação sobre Ruínas que foi finalista do Prémio Europeu de Literatura, Aristeion. Nuno Júdice recebeu ainda o Prémio de Poesia Pablo Neruda e o Prémio da Fundação da Casa de Mateus. Em 2001, publicou Pedro, Lembrando Inês e Cartografia de Emoções, um livro de poesia. No mesmo ano, Rimas e Contas, integrada na colectânea Poesia Reunida 1976/2000, foi reconhecida com o Prémio Crítica 2000, pelo Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários (AICL). Faleceu a 17 de Março de 2024.