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Durante a infância e a adolescência, Beatriz contou com a presença diária do pai, João. O relacionamento dos dois marcou profundamente a menina, e o retrato criado por ela neste romance abre uma janela para o mundo particular e sensível dessa relação. Rememorando acontecimentos passados e fazendo com que eles se mostrem sempre atuais, Bia narra a presença do pai em sua vida, o amor que continuou a existir mesmo depois de instaurada a ausência de João. O primeiro medo, a primeira briga, o primeiro beijo, tudo está documentado neste segundo volume da Trilogia do Adeus. Se em "Caderno de um ausente" Beatriz era a destinatária das epístolas do pai, em "Menina escrevendo com pai" ela é a narradora, uma voz única, singela que mostra todo o carinho possível de ser partilhado no cotidiano.
Author

João Anzanello Carrascoza (Cravinhos, interior de São Paulo, 1962) é um escritor e professor universitário brasileiro. Estreou-se com o livro Hotel Solidão (1994). Publicou vários livros de contos, como Duas tardes (2002), Espinhos e alfinetes (2010), Amores mínimos (2011), O volume do silêncio (2006, prêmio Jabuti) e Aquela água toda (2012, prêmio APCA). Em seu primeiro romance, Aos 7 e aos 40 (Cosac Naify, 2013), Carrascoza escreveu que “o presente é feito de todas as ausências”. Em Caderno de um ausente (Cosac Naify, 2014), essa ideia se materializa de forma contundente, alçada por um lirismo poucas vezes visto na literatura brasileira.