
Publicado pela primeira vez há sessenta anos, o poema mais conhecido de João Cabral mudou os rumos da poesia no Brasil Um dos poemas mais populares de João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida severina” dá voz aos retirantes nordestinos e ao rio Capibaripe, em cenas fortes e contundentes. Clara crítica social, o autor descreve a viagem de um sertanejo chamado Severino, que sai de sua terra natal em busca de melhores condições de vida. Durante a jornada, Severino se encontra tantas vezes com a Morte que, desiludido e impotente, percebe que a luta é inútil—como ele, tantos outros severinos padecem com a miséria e o abandono. Apenas o nascimento de um bebê, uma criança-severina, renova as esperanças e o espírito cansado daquele que já não tinha motivos para continuar a viver.
Author

João Cabral de Melo Neto was born in the state of Pernambuco, Brazil, and is considered one of the greatest Brazilian poets of all time. He is often quoted saying "I try not to perfume the flower". His works are said to be dry, devoid of exaggerated emotions that are usually associated with poetry, sticking usually to images and actions and physical descriptions rather than feelings. The image of an engineer designing a building is often used to describe his poetry. It usually follows a strict meter and assonant rhymes. He worked as a diplomat for most of his life. In 1990, he won the Camões Prize, the greatest prize in literature of the Portuguese language. In 1992, João Cabral received the Neustadt International Prize for Literature, which some consider to be almost as prestigious as the Nobel Prize.