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Nocturno em Macau book cover
Nocturno em Macau
1991
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«Porque construída sobre um poço de águas ácidas, a casa-das-professoras de Santa Fé, os gatos a rondarem-na nas noites de cio. As mesmas noites em que Ester, a única ali não chinesa, encontra o seu conforto na contemplação da carta de Lu Si-Yuan, carta que aliás nunca chegará a ler: «(...) ia desenrolando a folha de papel de arroz, ia-a estendendo na mesa dos livros, aspirava-lhe o perfume. A ressaltar do fundo branco, os ideogramas a tinta-nanquim como um baixo-relevo - linhas regulares, a prumo, linhas deitadas e paralelas em pauta de música, e arcos, e ângulos, e asas. Uma arquitectura. Um templo de nove pisos e nove vezes nove empenas a perscrutar os ares. Um bosque de bambus depois das chuvas»». Este belo romance que mereceu o Prémio Eça de Queirós situa-se na Cidade do Santo Nome de Deus de Macau nos anos sessenta, na casa-das-professoras de um colégio de meninas.
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Maria Ondina Braga
Maria Ondina Braga
Author · 4 books

MARIA ONDINA BRAGA nasceu em Braga, a 13 de Janeiro de 1922, onde fez os estudos liceais e de onde partiu na década de cinquenta para estudar línguas em Paris e Londres, onde se licenciou em literatura Inglesa pela Royal Asiatic Society of Arts. Em 1959, rumou até Angola, Goa (onde esteve aquando da ocupação indiana) e, mais tarde, Macau, onde ensinou Português e Inglês até 1966, data do seu regresso a Portugal. Exerceu o cargo de Leitora de Português no Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim em 1982, ano em que redigiu as crónicas sofridas reunidas em “Angústia em Pequim” (1984). A convite da Fundação Oriente, Maria Ondina Braga regressou a Macau em 1991, tendo registado esse reencontro em algumas páginas da narrativa de viagens “Passagem do Cabo” (1994). Após a incursão pela poesia reunida em “O Meu Sentir” (1949) e “Almas e Rimas” (1952), dedicou-se inteiramente à prosa, escrevendo memórias, contos, crónicas, novelas e romances. Da sua passagem por Angola, Goa e Macau, deixou vários testemunhos em forma de livros, destacando-se as primeiras crónicas de viagem, inicialmente publicadas na página literária do Diário de Notícias e posteriormente reunidas em “Eu vim para ver a Terra” (1965), a autobiografia romanceada “Estátua de Sal” (1969), como testemunho da sua experiência dos tempos de Macau e o livro de contos “A China fica ao Lado” (1968), que a deu a conhecer ao grande público. De regresso a Portugal, instalou-se em Lisboa e abandonou a sua carreira de professora para se dedicar à escrita e à tradução (de autores como Graham Greene, Bertrand Russel, John Le Carré, Herbert Marcuse, Anaïs Nin e Tzvetan Todorov). Colaborou em várias publicações periódicas como Diário de Notícias, Diário Popular, A Capital, Panorama, Colóquio/Letras e Mulher. Da sua vasta obra publicada, contam-se alguns livros premiados, entre os quais o volume de contos “Amor e morte” (1970) - Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa 1979, o romance “Nocturno em Macau” (1991) - Prémio Literário Eça de Queirós 1992 e o livro de memórias “Vidas Vencidas” (1998) - Prémio ITF da Literatura 2000. Faleceu a 14 de Março de 2003, em Lisboa.

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