
Desde a última década o cinema de horror vem revelando uma onda de filmes que tentam escapar da fórmula cheia de sangue e sustos gratuitos que dominam as produções mais comerciais do gênero, e não demorou para que a mídia cunhasse um termo para defini-los: “pós-horror”. Filmes como O Babadook (2014), A bruxa (2015), Corra! (2017), Midsommar (2019), Nós (2019) e Saint Maud (2020) apostaram muito mais no drama, na crítica social e na tensão atmosférica e psicológica para causar medo. Viraram cult, receberam inúmeras críticas, mas também atraíram uma série de admiradores de dentro e de fora do universo dos filmes aterrorizantes. Inspirados por esse movimento, a antologia O Novo Horror, organizada pelos escritores Daniel Gruber e Irka Barrios, reúne 18 contos de grandes autores e autoras de diversos lugares do país nesta bela edição da editora O Grifo. A escolha do "elenco" busca traduzir a característica híbrida deste horror contemporâneo, já que alguns autores são conhecidos no cenário da literatura fantástica, outros são mais conhecidos pela sua produção realista e alguns, ainda, transitam bem entre os dois universos.
Authors

Isabor Quintiere nasceu na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Possui graduação em Letras - Inglês e mestrado em Letras, ambos pela UFPB. Autora dos livros de contos "A cor humana" (2018) e "Rituália" (2023), Isabor encontra inspiração para sua prosa principalmente na literatura fantástica latino-americana e na ficção científica. Desde sua estreia, tem publicado textos em coletâneas e revistas diversas, de alcance tanto nacional quanto internacional, atuando também como roteirista de histórias em quadrinhos com "Jogo de Sombras" (2021). Seu trabalho já lhe rendeu diversas conquistas, como o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2019 e a participação no Projeto SESC Arte da Palavra 2024. Isabor atua como professora de inglês na rede estadual da Paraíba desde 2020 e como professora do módulo de contos na pós-graduação em Escrita Criativa da Uniesp desde 2023.



Autora de "Lauren" (Ed. Caos & Letras, 2019 - indicado Jabuti 2020), "Júpiter Marte Saturno" (Ed. Uboro Lopes, 2022 - Prêmio AGES narrativa curta e livro do ano) e "Vespeiro" (Dark Side Books, 2023) - indicado ao Prêmio AGES 2024. Autora dos contos "O coelho branco" (Prêmio Brasil em Prosa - Kindle, 2015), "A parte de dentro" ("O novo horror', Ed. O Grifo, 2021 - vencedor do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2022) e "Terrário" - finalista do prêmio ABERST 2024. Insólita.

Bruno Ribeiro (1989), nasceu em Pouso Alegre/MG e é radicado em Campina Grande/PB. Escritor, tradutor e roteirista. Autor do livro de contos Arranhando Paredes (Bartlebee, 2014), traduzido para o espanhol pela editora argentina Outsider, e dos romances Febre de Enxofre (Penalux, 2016), Glitter (Moinhos, 2018 / Finalista da 1° edição do Prêmio Kindle e Menção Honrosa do 1° Prêmio Mix Literário de Literatura LGBTQI+), Zumbis (Enclave, 2019) e Bartolomeu (Autopublicação, 2019). Mestre em Escrita Criativa pela Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF), venceu o Prêmio Todavia de Não Ficção com o projeto de um livro-reportagem sobre um feminicídio no agreste paraibano. Foi também semifinalista do 3º prêmio Aberst de Literatura e um dos vencedores do concurso Brasil em Prosa, promovido pelo jornal O Globo e pela Amazon, com o conto “A arte de morrer ou Marta Díptero Braquícero”. Edita o blogue: brunoribeiroblog.wordpress.com “[Bruno Ribeiro é] um Nelson Rodrigues contemporâneo, com mais virulência e menos pudor para o macabro.” (Marcus Lima Martins) “Tinha jurado para mim mesmo nunca mais ler uma narrativa sobre um escritor em conflito com o mundo ou com bloqueio criativo, mas não contava com Bruno Ribeiro, o príncipe da prosa sulfúrica, pornográfica e ultrajante.” (Alfredo Monte) “(…) Glitter deixa o leitor atônito, por fim, porque junta tudo isso em uma narrativa fluida, inteligente e muito crítica. Não é fácil achar um romance assim por aí.” (Ricardo Lísias) "(...) Bruno Ribeiro se consolida como importante nome do meio literário por sua percepção crítica e pela capacidade de apurar a banalização da morte e a mercantilização dos corpos que, infelizmente, caracterizam o comportamento da sociedade pós-moderna, transformando-as em matéria para sua literatura tóxica, denunciativa e potente.” (Literatamy) “Bruno sabe como deixar o leitor desconfortável, mas também sabe fazê-lo rir (ou de nervoso, ou de alívio). Eu mesmo ri até ficar com dor nas costelas (de nervoso e de alívio). Quem gosta de humor negro não pode deixar passar.” (Roberto Denser) "A literatura de Bruno Ribeiro vem para nos dizer isso mesmo: escrever será impossível, mas também inevitável. Essa é a magia. Sem essa batalha, não haverá literatura." (Mariana Travacio)