
O papel de parede amarelo transita entre o terror gótico e uma alegoria da opressão feminina. A obra dá título a esta coletânea, que reúne contos ligados ao mistério e ao sobrenatural escritos por Charlotte Perkins Gilman, uma das maiores autoras representantes do feminismo mundial. Com tom autobiográfico – a autora também lidou com a depressão e um casamento frustrante –, O papel de parede amarelo apresenta uma esposa confinada em um quarto pelo marido, o que a faz desenvolver uma obsessão pelo papel de parede, no qual enxerga mulheres aprisionadas. Enquanto o horror psicológico conduz este conto, em A glicínia gigante, A cadeira de balanço e A porta não vigiada, Gilman flerta com histórias de fantasmas e de investigações que envolvem o sobrenatural. Quando fui uma bruxa nos apresenta uma mulher movida pela vingança, capaz de realizar seus desejos. Em Se eu fosse um homem, a autora lida com o fantástico em uma história de troca de corpos. Por fim, Água antiga traz uma história de abuso e assassinato.
Author

Charlotte Perkins Gilman, also known as Charlotte Perkins Stetson, was a prominent American sociologist, novelist, writer of short stories, poetry, and nonfiction, and a lecturer for social reform. She was a utopian feminist during a time when her accomplishments were exceptional for women, and she served as a role model for future generations of feminists because of her unorthodox concepts and lifestyle. Her best remembered work today is her semi-autobiographical short story, "The Yellow Wallpaper", which she wrote after a severe bout of post-partum depression. She was the daughter of Frederic B. Perkins.