Margins
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Saccola de Feira
2014
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Tudo cabe na “sacola” do escritor: cegueira, podolatria, memória, infância, sexo, violência, poética, política e corpo, entre outros. Os sonetos servem os 14 versos em distribuição italiana, com variado sistema de rimas, quase sempre a redondilha maior - tão cara aos cantadores populares nordestinos, com os quais Mattoso mantém fortes laços poéticos e afetivos. A obra é dividida em quatro partes. Na primeira, Culinária Vegetariana, os sonetos resgatam memórias de sabores, odores, cores e alimentos ingeridos da infância à maturidade, sempre associados a dores e prazeres da vida. Na segunda parte, Glosas Venenosas, o tema central é quase sempre a cegueira e outras questões como podolatria, sadomasoquismo e amor. Em Glosando as Trovas, os poemas são experimentados em sons, metros, ritmos de forma imprevisíveis. A quarta e última parte do livro é Fábulas, nas quais o autor, de forma curta, estrutura diálogos sempre entre dois personagens na cadeia alimentar.

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Glauco Mattoso
Glauco Mattoso
Author · 2 books

Glauco Mattoso é um pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva. Seu nome artístico é um trocadilho com glaucomatoso, termo usado para os que sofrem de glaucoma, doença que o fez perder progressivamente a visão, até a cegueira total em 1995. É também uma alusão a Gregório de Matos, de quem se considera herdeiro na sátira política e na crítica de costumes. Glauco cursou biblioteconomia na Escola de Sociologia e Política de São Paulo e letras vernáculas na USP. Nos anos 70, participou da resistência cultural à ditadura militar através do grupo dos "poetas marginais". Além de editar o fanzine poético-panfletário Jornal Dobrabil (trocadilho com o Jornal do Brasil e o formato dobrável dos folhetos satíricos), colaborou em diversos períódicos da imprensa alternativa, tais como o tablóide gay Lampião e o humorístico O Pasquim. Na década de 80, publicou trabalhos em revistas como Chiclete com Banana, Tralha, Mil Perigos, SomTrês, Top Rock, Status e Around, ensaios e críticas literárias no Jornal da Tarde, além de diversos volumes de poesia e prosa. Em 1982, edita a Revista Dedo Mingo, como um suplemento do Jornal Dobrabil. Nos anos 90, perde por completo a visão em decorrência do glaucoma de que sofria há anos. Deixa de lado a criação gráfica (história em quadrinhos e poesia concreta) e passa a dedicar-se a escrever letras de músicas e à produção fonográfica. Com o professor da USP Jorge Schwartz, ganha o Prêmio Jabuti pela tradução que ambos fazem da obra inaugural de Jorge Luis Borges, Fervor de Buenos Aires. Nos anos mais recentes, retorna à criação de poesia escrita e textos virtuais, produzindo textos e poesias para a internet, colaborando em revistas eletrônicas e impressas, tais como a Caros Amigos. Fonte: Wikipédia

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