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Vinte Grandes Contos de Escritoras Portuguesas
2022
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«Sendo as autoras aqui representadas nascidas entre 1831 e 1982, ou seja, separadas entre si por mais de um século e meio, e, como tal, apresentando-nos narrativas que se inserem em diversos estilos e sujeitas a diversos dogmas sócio-histórico-culturais, seria expectável que encontrássemos uma variedade temática que representasse a distância temporal entre estas. Surpreendentemente, podemos identificar dois temas constantes em todos os textos, de forma implícita ou explícita: um deles refere-se à incapacidade masculina de corresponder ao amor feminino. O segundo, de certa forma relacionado com o primeiro, aborda a violência e a subjectivação do espaço feminino, seja este físico ou cultural.» Da introdução de Deolinda M. Adão Autoras: Ana Plácido, Ana de Castro Osório, Florbela Espanca, Maria Judite de Carvalho, Natália Nunes, Maria Ondina Braga, Agustina Bessa-Luís, Maria Teresa Horta, Teolinda Gersão, Mónica Baldaque, Lídia Jorge, Hélia Correia, Cristina Carvalho, Luísa Costa Gomes, Rita Ferro, Maria Manuel Viana, Inês Pedrosa, Ana Margarida de Carvalho, Patrícia Reis, Joana Bértholo.

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Mónica Baldaque
Mónica Baldaque
Author · 2 books

Laura Mónica Bessa-Luís Baldaque nasceu no Douro, no lugar de Godim, Peso da Régua, a 13 de Maio de 1946. Concluiu o curso superior de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em 1970, e enveredou pela carreira museológica.Tem uma vasta obra na pintura de retrato e de paisagem. A escrita surge como uma forma natural de unir um pensamento e duas linguagens—pintura e palavra. O Douro é sempre o imaginário inesgotável das suas reflexões e inspiração. Entre outros livros, ilustrou Vento, Areia e Amoras Bravas, Dentes de Rato e Colar de Flores Bravias, de Agustina Bessa-Luís. Publicou Do Outro Lado do Quadro (Edições Asa, 2000), O Olhar do Lobo (Campo das Letras, 2003), A Folha do Limoeiro (Edições Asa, 2005), Pequeno Alberto, o Pensador (Ulisseia, 2010), Contos Sombrios (Ulisseia, 2011), Vinte anos na província (Sextante Editora, 2013) e A Raiz Vermelha do Amor (Ulisseia, 2015).

Maria Teresa Horta
Maria Teresa Horta
Author · 13 books

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, a 20 de Maio de 1937. Frequentou a Faculdade de Letras da capital, tendo pertencido ao grupo de Poesia 61 e colaborado em diversos jornais e revistas. Foi dirigente do ABC Cine-Clube e militante activa nos movimentos de emancipação feminina. Estreou-se com o livro de poesia Espelho Inicial (1960). Dedicou-se igualmente à ficção, tendo publicado, entre outros títulos, Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970). Em 1972 foi uma das autoras das polémicas Novas Cartas Portuguesas (com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno), obra que suscitou um processo judicial pela sua natureza transgressora em relação à tradição patriarcal dominante. Obras Espelho Inicial (1960) (Poesia) Tatuagem (1961) Cidadelas Submersas (1961) Verão Coincidente (1962) Amor Habitado (1963) Candelabro (1964) Jardim de Inverno (1966) Cronista Não é Recado (1967) Minha Senhora de Mim (1967) (poesia) Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970) Novas Cartas Portuguesas (1971) (obra conjunta)) Ana (1974) Poesia Completa I e II(1983) Os Anjos (1983) O Transfer (1984) Ema (1984) Minha Mãe, Meu Amor (1984) Rosa Sangrenta (1987) Antologia Política (1994) A Paixão Segundo Constança H. (1994) O Destino (1997) A Mãe na Literatura Portuguesa (1999)

Rita Ferro
Rita Ferro
Author · 12 books

Rita Roquette de Quadros Ferro nasceu em Lisboa, a 26 de fevereiro de 1955. Iniciou a sua carreira literária em 1990 com a publicação do romance O Nó na Garganta. Estudou design e foi professora de Publicidade. É filha do escritor e filósofo António Quadros e de Paulina Roquette Ferro e neta de Fernanda de Castro e António Ferro, ambos escritores. Publicou, entre outras obras, O Vento e a Lua, O Nó na Garganta, Uma Mulher Não Chora, Por Instinto, etc. Tem colaboração dispersa na imprensa, nomeadamente na revista Ler e nos jornais Diário de Notícias e A Capital.

Maria Ondina Braga
Maria Ondina Braga
Author · 4 books

MARIA ONDINA BRAGA nasceu em Braga, a 13 de Janeiro de 1922, onde fez os estudos liceais e de onde partiu na década de cinquenta para estudar línguas em Paris e Londres, onde se licenciou em literatura Inglesa pela Royal Asiatic Society of Arts. Em 1959, rumou até Angola, Goa (onde esteve aquando da ocupação indiana) e, mais tarde, Macau, onde ensinou Português e Inglês até 1966, data do seu regresso a Portugal. Exerceu o cargo de Leitora de Português no Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim em 1982, ano em que redigiu as crónicas sofridas reunidas em “Angústia em Pequim” (1984). A convite da Fundação Oriente, Maria Ondina Braga regressou a Macau em 1991, tendo registado esse reencontro em algumas páginas da narrativa de viagens “Passagem do Cabo” (1994). Após a incursão pela poesia reunida em “O Meu Sentir” (1949) e “Almas e Rimas” (1952), dedicou-se inteiramente à prosa, escrevendo memórias, contos, crónicas, novelas e romances. Da sua passagem por Angola, Goa e Macau, deixou vários testemunhos em forma de livros, destacando-se as primeiras crónicas de viagem, inicialmente publicadas na página literária do Diário de Notícias e posteriormente reunidas em “Eu vim para ver a Terra” (1965), a autobiografia romanceada “Estátua de Sal” (1969), como testemunho da sua experiência dos tempos de Macau e o livro de contos “A China fica ao Lado” (1968), que a deu a conhecer ao grande público. De regresso a Portugal, instalou-se em Lisboa e abandonou a sua carreira de professora para se dedicar à escrita e à tradução (de autores como Graham Greene, Bertrand Russel, John Le Carré, Herbert Marcuse, Anaïs Nin e Tzvetan Todorov). Colaborou em várias publicações periódicas como Diário de Notícias, Diário Popular, A Capital, Panorama, Colóquio/Letras e Mulher. Da sua vasta obra publicada, contam-se alguns livros premiados, entre os quais o volume de contos “Amor e morte” (1970) - Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa 1979, o romance “Nocturno em Macau” (1991) - Prémio Literário Eça de Queirós 1992 e o livro de memórias “Vidas Vencidas” (1998) - Prémio ITF da Literatura 2000. Faleceu a 14 de Março de 2003, em Lisboa.

Ana de Castro Osório
Ana de Castro Osório
Author · 2 books

Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos. Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres. Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios. Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.

Lídia Jorge
Lídia Jorge
Author · 21 books
LÍDIA GUERREIRO JORGE nasceu em Boliqueime, Loulé a 18 de Junho de 1946. Concluído o curso de Filologia Românica, dedicou-se ao ensino liceal (Angola, Moçambique e Lisboa). Publicou os romances O Dia dos Prodígios (1980, Prémio Ricardo Malheiros), O Cais das Merendas (1982, Prémio Literário Município de Lisboa), Notícia da Cidade Silvestre (1984, Prémio Literário Município de Lisboa), A Costa dos Murmúrios (1988), A Última Dona (1992), O Jardim Sem Limites (Prémio Bordalo, 1995), O Vale da Paixão (Prémio D. Dinis, 1998), O Vento Assobiando nas Grutas (2002, Grande Prémio do Romance e Novela da APE/DGLB), Combateremos a Sombra (2005, Prémio Charles Bisset) e A Noite das Mulheres Cantoras (2011); os livros de contos A Instrumentalina (1992), Marido e Outros Contos (1997), O Belo Adormecido (2004) e Praça de Londres (2005); a peça de teatro A Maçon (1993) e o ensaio Contrato Sentimental (2009). Os seus romances são constituídos por vários planos narrativos, onde o fantástico coexiste com o real, e os problemas sociais colectivos são postos em relevo através de figuras humanas com dimensão metafórica e mítica. Foi condecorada, pela Presidência da República, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em 2005.
Teolinda Gersao
Teolinda Gersao
Author · 15 books

TEOLINDA GERSÃO nasceu em 1940, em Coimbra. Licenciada em Filologia Germânica e Doutorada em Literatura Alemã, com a tese Alfred Döblin: indíviduo e natureza (1976), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi Assistente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa e Leitora de Português na Universidade de Berlim. Autora de vários trabalhos de crítica literária, recebeu duas vezes o prémio de ficção PEN Clube, atribuído ao seu livro de estreia, O Silêncio, em 1981, e ao romance O Cavalo de Sol, em 1989. Foi também galardoada com o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores em 1995 e, na Roménia, com o Prémio de Teatro Marele do Festival de Bucareste (adaptação da obra ao teatro) com o romance A Casa da Cabeça de Cavalo. Em maio de 2003, o seu livro Histórias de Ver e Andar foi galardoado com o Grande Prémio do Conto 2002 Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores. À edição inglesa de A árvore das palavras (The Word Tree, Dedalus, 2010) foi atribuído o Prémio de Tradução 2012. A ficção de Teolinda Gersão desenvolve, na escrita contemporânea, uma poética romanesca original, abrindo a narração, a que o respeito pelas categorias de espaço, tempo, personagens, intriga confere certa verosimilhança, a uma irradiação de sentidos que decorre de um metaforismo assumido de forma estrutural pela narrativa. Não que as personagens e as suas relações, os temas ou os seres se reduzam a um carácter alegórico: o que ressalta é que por detrás da "história" estão em conflito pulsões humanas universais, frequentemente centradas sobre a dinâmica dos opostos (homem/mulher, caos/cosmos, racionalidade/loucura, entre outros). A ilusão da transparência, obtida por uma ordem sintagmática nítida, pela simplicidade da frase, despojada de tudo o que é acessório, pela redução do número de personagens, pela simplificação da ação, confere, então, às suas narrativas o estatuto de uma escrita mítica, cujo objetivo não é a representação, mas o conhecimento. Ao mesmo tempo, cada uma das suas narrativas, desenvolvendo até à exaustão algumas metáforas centrais (o cavalo, o teclado, etc.), desfibra todo o tipo de alienação social e mental subjacente à rutura dos princípios de harmonia invisível e de unidade íntima do homem com o universo. Como a pianista (e a romancista) de Os Teclados, Teolinda Gersão, diante de um "mundo fragmentário" e "indiferente", onde "as pessoas não formavam comunidades e só havia valores de troca", um "mundo vazio", persiste em tentar desvendar enigmas, como se a escrita e a exigência de rigor fossem "a transcendência que restava": "Aceitar o nada, o mundo vazio. E apesar disso, pensou levantando-se e sentando-se no banco - apesar disso sentar-se e tocar."

Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
Author · 13 books

Born in 1962, Inês Pedrosa earned a degree in communication sciences from the Universidade Nova de Lisboa before working in the press, on radio, and on television, earning several journalism awards and serving as director of the Casa Fernando Pessoa publishing house from 2008 to 2014. Previously, she was a columnist for the Portuguese national newspaper Expresso, for which her column was awarded the 2007 Prize for Parity for Citizenship and Gender Equality, and she is currently a columnist for Lisbon's weekly newspaper, Sol. Pedrosa has published eighteen books, including the prize-winning novels In Your Hands (winner of the 1997 Prémio Máxima de Literatura in Portugal), Eternity and Desire (finalist for the 2009 Portugal Telecom Award and the 2010 Prémio Correntes d'Escritas), and The Intimates (winner of the 2011 Prémio Máxima de Literatura). Her work has been published in Brazil, Spain, Italy, and Germany. In Your Hands is her English-language debut.

Luísa Costa Gomes
Luísa Costa Gomes
Author · 12 books

Luísa Costa Gomes nasceu em 16 de Junho de 1954. É licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi por vários anos professora do Ensino Secundário e trabalhou ainda no programa Escritores nas Escolas. Traduziu livros, traduziu e legendou filmes. Tem colaborado em vários jornais e revistas, programas de rádio e televisão. A sua obra literária começou com a publicação, em 1981, do livro "Treze Contos de Sobressalto". Desde aí já lá vai dezena e meia de títulos, entre o conto, o romance, o teatro e a crónica, com variados prémios, e traduções no estrangeiro. Várias das suas peças subiram ao palco. Escreveu o libretto de algumas óperas, entre elas o célebre "Corvo Branco", de Philip Glass, com encenação de Robert Wilson, apresentado por ocasião da Expo' 98 (e também em Madrid e em Nova Iorque). Criou a revista de contos FICÇÕES, que dirige e coordena.

Agustina Bessa-Luís
Agustina Bessa-Luís
Author · 21 books

Agustina Bessa-Luís was born in Vila Meã (Amarante) in 1922. Her father's family was from the north of Portugal and her mother was Spanish. She lived her childhood and teenagehood in the region of Douro, Minho and then Coimbra in 1948. She married Alberto Oliveira Luís in 1945 and after 1948 she moved to Oporto. She started writing at the age of 16 and in 1950 she published her first novel, Mundo Fechado. In 1952 her talent was recognized with the award Delfim de Guimarães, for her book Sibila, which also received the award Eça de Queirós the next year. In 1958, she gave her first steps in theatre, writing the play O inseparável. Between 1986 and 1987 she was the director of the diary O Primeiro de Janeiro in Oporto. Between 1990 and 1993 she was the director of D.Maria II Theatre in Lisbon and a member of the Alta Autoridade para a Comunicação Social. She is a member of the Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres in Paris, of the Academia Brasileira de Letras and the Academia das Ciências de Lisboa, being also recognized at Ordem de Sant'Iago da Espada (1980), Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) and degree of "Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres", given by the French government (1989). Various works have been translated in various countries and some were adapted to the cinema, such as Francisca, Vale Abraão and As Terras de Risco by Manoel de Oliveira. Her novel As Fúrias was adapted to the theatre by Filipe La Féria. At the age of 81, Agustina Bessa-Luís received the Camões Award, considered the most important portuguese award. Agustina Bessa-Luís nació en Vila Meã (Amarante, Portugal) en 1922, de madre española y padre portugués. Es miembro de la Academia Europea de las Ciencias, las Artes y las Letras de París, de la Academia Brasileña de las Letras y de la Academia de las Ciencias de Lisboa. Sus numerosos libros le han valido las más importantes distinciones, como la de Santiago da Espada (1980), la Medalla de Honor de la Ciudad de Oporto (1988) o el grado de Oficial de la Orden de las Artes y las Letras del gobierno francés (1989). En 2004 recibió el galardón literario más importante en lengua portuguesa, el Premio Camôes.

Patrícia Reis
Patrícia Reis
Author · 16 books

PATRÍCIA REIS nasceu em Lisboa, a 12 de Dezembro de 1970. Começou como jornalista n' O Independente aos dezassete anos. Passou pela revista Sábado, de que foi editora, fez um estágio em Nova Iorque na revista Time e, no regresso dos EUA, colaborou no Expresso, trabalhou nas revistas Marie Claire e Elle e nos «projectos especiais» do jornal Público. Em 1997 passou a colaborar com o atelier de Henrique Cayatte, na produção de conteúdos para a Expo' 98. Desta colaboração surgiu o Atelier 004 de que é directora e que, entre outros projectos, produz a Egoísta. Escreveu a curta biografia de Vasco Santana e o romance fotográfico Beija-me (2006), em co-autoria com João Vilhena, a novela Cruz das Almas (2004) e os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008), Antes de Ser Feliz (2009), Por este mundo acima (2011), Contracorpo (2013) e O que nos separa dos outros por causa de um copo de whisky (2014).

Cristina Carvalho
Cristina Carvalho
Author · 4 books
CRISTINA CARVALHO nasceu em Lisboa, a 10 de Novembro de 1949. Contista e romancista, começou por publicar contos em revistas e jornais, nomeadamente no Jornal de Letras e revista Egoísta. Publicou o seu primeiro livro, Até já não é adeus, em 1989. Algumas dos seus romances estão integrados no Plano Nacional de Leitura. É filha dos escritores António Gedeão (Rómulo de Carvalho) e Natália Nunes.
Joana Bértholo
Joana Bértholo
Author · 7 books
Nasceu em Lisboa em 1982. É licenciada em Design de Comunicação pelas Belas-Artes de Lisboa e doutorada em Estudos Culturais pela European University Viadrina, na Alemanha. Em paralelo à criação literária, escreve para teatro, faz apoio dramatúrgico e dá aulas. Na editorial Caminho tem publicados três romances, dois livros de contos e um livro infanto-juvenil. O primeiro romance «Diálogos Para o Fim do Mundo» ganhou o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho 2009. «O Museu do Pensamento» foi considerado pela Sociedade Portuguesa de Autores o melhor livro Infanto-Juvenil de 2018; e o romance «Ecologia» foi finalista do prémio APE, PEN, DST, Casino da Póvoa e semifinalista do Prémio Oceanos 2019. Em teatro, começou por escrever para o Festival Teatro das Compras. A primeira peça longa, «Quarto Minguante», foi encenada por Álvaro Correia no Teatro Nacional D. Maria II em 2018. No mesmo ano foi-lhe atribuída a Bolsa da DGLAB, com a qual escreveu «Corpo/Arena», que iria estrear em Itália, não tivesse a Covid19 cancelado tudo.
Maria Judite de Carvalho
Maria Judite de Carvalho
Author · 5 books
MARIA JUDITE DE CARVALHO nasceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1921. Estreou-se com o livro de contos Tanta Gente, Mariana (1959) e foi galardoada com o Prémio Camilo Castelo Branco pela colectânea As Palavras Poupadas (1961). Além de contos, publicou romances e crónicas, cultivando também o jornalismo. Na sua obra reflecte-se o dramatismo da solidão do mundo urbano, onde há muita gente e pouca alma. Publicou Paisagem Sem Barcos (1965), Os Armários Vazios (1966), Flores ao Telefone (1968), Os Idólatras (1969), Tempo das Mercês (1973), A Janela Fingida (1975), O Homem no Arame (1976), Além do Quadro (1983), Seta Despedida (1995), A Flor que Havia na Água Parada (1998) e Havemos de Rir? (1998). Reuniu parte das suas crónicas em Este Tempo (1992) e Diário de Emília Bravo (2002, póstumo). Foi condecorada pela Presidência da República com o Grande-Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique, em 1992 e recebeu, a título póstumo, o Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra, em 1998.
Ana Margarida de Carvalho
Ana Margarida de Carvalho
Author · 8 books
ANA MARGARIDA DE CARVALHO nasceu em Lisboa, onde fez a licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa (1992). Viria a tornar jornalista, assinando reportagens que lhe valeram sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo português, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto ou da Casa de Imprensa. Passou pela redacção da SIC e publicou artigos na revista Ler, no Jornal de Letras, na Marie Claire e na Visão, onde ocupa actualmente o cargo de Grande Repórter e faz crítica cinematográfica no roteiro e no site de cinema oficial da revista, o Final Cut. Leccionou workshops de Escrita Criativa, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais cinematográficos e é autora de reportagens reunidas em colectâneas, de crónicas, de guiões subsidiados pelo ICA e de uma peça de teatro.
Natália Nunes
Natália Nunes
Author · 4 books
Natália Nunes nasceu em Lisboa, tendo-se licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras desta cidade. Posteriormente tirou, em Coimbra, o curso de Bibliotecário-Arquivista, actividade que exerceu até se aposentar. A par da carreira profissional desenvolve a sua vida literária, iniciada em Coimbra, em 1952, com Memórias da Infância, e que vem continuando ao longo de quarenta e cinco anos, com trabalhos publicados nos campos da ficção, ensaio, teatro, memórias, traduções e artigos na imprensa periódica.
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Author · 24 books

Florbela Espanca (birth name Flor Bela de Alma da Conceição), a poet precursor of the feminist movement in Portugal, she had a tumultuous and eventful life that shaped her erotic and feminine writings. She was baptized as the child of an "unknown" father. After the death of her mother in 1908, Florbela was taken into the care of Maria Espanca and João Maria Espanca, for whom her mother had worked as a maid. João Maria Espanca, who always provided for Florbela (she referred to him in a poem as "dear Daddy of my soul"), officially claimed his paternity in 1949, 19 years after Florbela's death. Florbela's earliest known poem, A Vida e a Morte (Life and Death), was written in 1903. Her first marriage, to Alberto Moutinho, was celebrated on her 19th birthday. After graduating with a literature degree in 1917, she became the first woman to enroll at the law school at the University of Lisbon. Between 1915-1917 she collected all her poems and wrote "O livro D'ele" (His book) that she dedicated to his brother. She had a miscarriage in 1919, the same year that Livro de Mágoas (The Book of Sorrows) was published. Around this time, Florbela began to show the first serious symptoms of Neurosis. In 1921 she divorced her first husband, which exposed her to significant social prejudice. She married António Guimarães in 1922. The work Livro de Soror Saudade (Sister Saudade's Book) was published in 1923. Florbela had a second miscarriage, after which her husband divorced her. In 1925 she married Mário Lage (a doctor that treated her for a long time). Her brother Apeles Espanca died in an airplane crash (some might say he committed suicide, due to her fiancées death), which deeply affected her and inspired the writing of As Máscaras do Destino (The Masks of Destiny). In October and November of 1930, Florbela twice attempted suicide, shortly before the publication of her last book Charneca em Flor (Heath in Bloom). Having been diagnosed with a pulmonary edema, Florbela died on December 8, 1930, on her 36th birthday. Her precarious health and complex mental condition make the actual cause of death a question to this day. Charneca em Flor was published in January 1930. After her death in 1931 «Reliquiare», name given by the italian professor Guido Battelli, was published with the poems she wrote on a further version of "Charneca em Flor».

Hélia Correia
Hélia Correia
Author · 10 books

HÉLIA CORREIA nasceu em Fevereiro de 1949, licenciada em Filologia Românica e professora de Português do ensino secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético. Na sua ficção, conflui o reatar de uma herança literária que impõe certa linearidade à escrita romanesca com a assimilação de traços da narrativa contemporânea que vão de um García Márquez ou Carpentier até à novelística de Agustina Bessa-Luís, numa tendência para surpreender o sobrenatural no quotidiano da vida provinciana e burguesa, ou para transpor para a escrita romanesca o plano em que a dimensão social das relações humanas se cruza com a religiosidade, com a superstição e até com o irracional. Estreou-se na poesia, em 1981, com O Separar das Águas e O Número dos Vivos em 1982. A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, deu à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum. Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma, e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto. Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser, e em 2006 o Prémio Máxima de Literatura, pela obra Bastardia.

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