
Em 1919 foi fundada a Monarquia do Norte (facto real e verídico) no meio das convulsões republicanas portuguesas. Neste universo, ela não durou semana mas sim três anos. Três anos extraordinários em que a junção de um passado british e a casta Touriga de uvas do Douro fundiu-se numa realidade Winepunk. Um mundo com energia e tecnologia a partir das caves do vinho do Porto. Um mundo rebelde e com morte anunciada, com fleuma nortenha, linguagem desbragada e ferozmente anti-republicano.
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A Companhia Zero, de Joel Puga
Através das cartas dum jovem oficial à sua noiva amada, conta-se a história da vida das trincheiras na Guerra Civil Winepunk, mas sobretudo a desumanização imposta por quem decide a normalidade sobre aqueles que são considerados dispensáveis. Uma história bela, trágica e pungente, escrita por um valor emergente da literatura especulativa portuguesa.
A Ira da Ferreirinha, de Carlos Silva
O Douro e a sua iconografia são inseparáveis da figura da Ferreirinha, ela mesma um ícone e símbolo duriense e português. Uma mulher que inflamou paixões e ódios, alterou a história e está no centro duma narrativa sobre paixão frustrada e vingança nos socalcos vinhateiros. Escrita por um autor que já é um valor seguro da ficção especulativa.
In Vino Veritas, de João Ventura
Índia, gurus, vinho do Porto, vindimas e política portuguesa. O Universo Winepunk abordado nas fragilidades e forças da tecnologia que o sustenta em pleno período de hostilidades Norte-Sul. Ficção especulativa escrita com a mestria habitual dum autor de mérito científico inquestionável.
Conto vencedor do Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto de 2019
Uma Conspiração Perigosa, por João Rogaciano
A Primeira Grande Guerra não acalmou a fúria anarquista que grassava na Europa e que se refugiava noutros conflitos para continuar a grassar. A Guerra Civil Winepunk foi um desses conflitos, em que os ataques ferozes entre adversários formais não impedia a guerra surda no interior de cada território, movida por forças autónomas e internacionais. Um autor amplamente publicado em ambos os lados do Atlântico descreve um desses episódios, com pormenores de suspense e thriller.
Nunca Mais, por João Barreiros
Nevermore, disse o corvo de Poe. E corvos abundam nesta narrativa brilhante, genial e louca como só um dos maiores escritores de ficção especulativa lusófona poderia escrever. Monstros do norte, monstro do sul, monstros verídicos, monstros do futuro e monstros humanos, sempre, tragicamente sempre, em diálogo, em luta e em exaltação. Não desapontará os apreciadores de weird nem os apreciadores duma linguagem barroca e irónica.
Os Engonços de Kionga (Parte Um e Dois), por Rhys Hughes
O Universo Winepunk cresce, expande-se e influencia episódios da Segunda Guerra Mundial em África. O vinho, dos joelhos ao coração, de África até Portugal, com prodígios da imaginação e da emoção, numa história que Lewis Carroll apreciaria, escrita por um autor de culto do Reino Unido.
Fragmentos do Dicionário Ilustrado da Monarquia do Norte, por AMP Rodriguez
Várias histórias entrelaçadas, apresentadas como entradas dum dicionário temático, numa homenagem a Milorad Pávic. Mini-biografias de quem viveu a Monarquia do Norte e a fez viver, epitáfios da vida de quem marcou episódios e imaginações num período tumultuoso.
Authors

João Barreiros, licenciado em filosofia e professor do ensino Secundário, nasceu a 31 de Julho de 1952, numa humilde cidade que em breve iria cair na Sombra dos grandes Antigos. Quando se refez do choque, devorou milhares de títulos em todas as línguas a que conseguiu deitar mão, participou na feitura do Grande Ciclo do Filme de FC de 1984 patrocinado pela Cinemateca Portuguesa e Fundação Gulbenkian, escreveu dois vastos artigos para a Enciclopédia (hoje esgotada e objecto de culto para quem a conseguiu comprar). Dirigiu duas efémeras colecções para as Editoras Gradiva (Col. Contacto) e Clássica (Col. Limites) que o público português resolveu esquecer (pior para ele), publicou um vasto romance de quase 600 páginas com a discreta ajuda de Luis Filipe Silva (de seu nome "Terrarium"), precedido por uma colectânea de contos que chegou a perturbar algumas almas mais sensíveis (O Caçador de Brinquedos e Outras Histórias). Anos mais tarde dedicou-se à história alternativa (A Verdadeira Invasão dos Marcianos) que mereceu edição espanhola e simpáticas criticas no jornal El País. Em 2006, a editora Livros de Areia dedicou-lhe um chapbook com a publicação de uma das suas novelas “malditas”: "Disney no Céu Entre os Dumbos". link para fórum bang.png - 263x152 - 53.42 kb

Joel Puga nasceu na cidade portuguesa de Viana do Castelo. Desde muito cedo, mostrou apetência para a escrita, criando histórias que partilhava com a família e os amigos. Mais tarde, viu contos seus serem publicados em diversas fanzines e antologias portuguesas. Recentemente, decidiu enveredar pela autopublicação, seduzido pela liberdade que esta lhe proporciona. Joel Puga was born in the Portuguese city of Viana do Castelo. From a very early age, he showed a propensity for writing, creating stories that he shared with family and friends. Later, he saw his tales published in several Portuguese fanzines and anthologies. He recently decided to pursue self-publishing, seduced by the freedom that it gives him. Joel Puga nació en la ciudad portuguesa de Viana do Castelo. Desde muy temprano mostró gusto por la escrita, creando historias que compartía con su familia y amigos. Más tarde, vio sus cuentos publicados en diversos fanzines y antologías portuguesas. Recientemente, decidió auto-publicar sus historias, seducido por la libertad que esto le proporciona.