
Este papagaio nasceu em Paris e sua cor cinzenta é a cor do céu de inverno. Cinzenta, sim. O verde-amarelo é tinta. Quando Orsino comprou o salão de cabeleireiro na cidade, queria um ambiente brasileiro e, voilá, com sua nobre linhagem, Henri acabou num poleiro de plástico. Aliando humor e requinte, Luis Fernando Veríssimo criou um papagaio como narrador desta história - e de um poleiro metafórico, o aristocrático Henri viu o mundo virar do avesso, como nas melhores comédias de Shakespeare. Violeta chegou do Brasil e precisou cortar os cabelos, para se fingir de homem e trabalhar como recepcionista no salão. O problema é que ela se apaixonou por Orsino, mas o patrão estava louco por Olívia. Henri avisou. Não é comédia, é drama, é tragédia. Tem paixão, perfídia, sociologia. E riam, riam. Quem poderia acreditar num papagaio?
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Nascido em Porto Alegre e filho do também escritor Érico Verissimo, Luis Fernando Verissimo é famoso por suas crônicas cheias de ironia humorística. Além de escritor, ele também é jornalista, publicitário, cartunista e tradutor. Entre suas paixões, estão a família, o time de paixão, Internacional de Porto Alegre, e o jazz sendo praticamente inseparável de seu saxofone. Seus amigos o definem como "uma pessoa que fala escrevendo". Em público, ele é tímido e de forma alguma aparenta ser o autor de seus irreverentes textos. É considerado o escritor que mais vende livros no Brasil.