
Part of Series
Arquive-se! A ordem parece simples e é seguramente muito comum. Mas na prática, são a organização e o acesso dos documentos arquivados - os "laboratórios da História" - que determinam o seu papel na compreensão da nossa história. Portugal progrediu significativamente no domínio dos arquivos, mas investigadores e arquivistas concordam que muito está ainda por fazer. Sabia, por exemplo, que um tratamento adequado da documentação arquivada pela administração pública, preservando apenas a que tem valor probatório ou histórico, resultaria numa poupança de cinco milhões de euros só em instalações? Numa abordagem crítica, a autora deste livro parte da análise de casos e circunstâncias, do testemunho próprio e de colegas historiadores e arquivistas, para radiografar a gestão do património arquivístico nacional. Diz-nos que nem tudo está bem e explica porquê.
Author

RITA ALMEIDA DE CARVALHO nasceu em Lisboa, em 1969. Licenciada, mestre e doutora em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem participado em diversos projectos de investigação sobre o período do Estado Novo, designadamente na coordenação da Inventariação dos Arquivos do Ministério do Ultramar, dirigido por José Mattoso. Foi ainda membro da equipa de investigadores dos projectos Political Decision-Making in Fascist Era Dictatorships, coordenado por António Costa Pinto, e A Igreja Católica e o Estado Português no Século XX, coordenado por Luís Salgado de Matos, António Matos Ferreira e Maria Lúcia de Brito Moura. Entre os estudos publicados, destacam-se: «Salazar e a Concordata com a Santa Sé». História, n.º 31, Maio de 1997; A Assembleia Nacional no Pós-Guerra (1945-1949). Lisboa, 2002; «A diplomacia papal ao serviço de uma consciência planetária». In Luís Nuno Rodrigues (org.), História e Relações Internacionais. Lisboa, 2005; «A Voz dos Sinos. Estado e Igreja no advento do salazarismo». In Estudos, 2005 (em co-autoria com António de Araújo); «O marcelismo à luz da revisão constitucional de 1971». In Anuário Português de Direito Constitucional, 2005; «The 'empire of the professor': Salazar's ministerial elite, 1932-44». In António Costa Pinto, Ruling Elites and decision-making in fascist-era dictatorships, Nova Iorque, 2010 (em co-autoria com Nuno Estêvão Ferreira e António Costa Pinto).