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Os bruzundangas
2025
First Published
172
Number of Pages
Obra póstuma de Lima Barreto, publicada no ano de sua morte (1922), Os Bruzundangas é apresentado através das aventuras do narrador numa República recém-criada, onde o povo é ignorado, os benefícios são da elite de títulos inventados ou comprados, onde os presidentes tem como característica principal não pensarem e serem medíocres, onde os intelectuais são mais vaidosos do que talentosos. Um mundo de privilégios e corrupção que deverão servir de exemplo para que o Brasil aprenda a ser uma grande nação. Com rica ironia, Lima Barreto disseca todo o sistema de castas de uma sociedade que se acreditava no caminho do progresso com a recém-criada República. O narrador acredita que com o aprendizado dos erros cometidos na Bruzundanga qualquer país aprendera a seguir o rumo certo. Um triste retrato escrito há um século e que se mostra mais atual do que nunca no Brasil do século XXI.

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Lima Barreto
Lima Barreto
Author · 17 books

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de Janeiro. Enfrentou o preconceito por ser mestiço durante a vida. Ficou órfão aos sete anos de idade de mãe e, algum tempo depois, seu pai foi trabalhar como almoxarife em um asilo de loucos chamado Colônia de Alienados da Ilha do Governador. Concluiu o curso secundário na Escola Politécnica, contudo, teve que abandonar a faculdade de Engenharia, pois seu pai havia sido internado, vítima de loucura, e o autor foi obrigado a arcar com as despesas de casa. Como leu bastante após a conclusão do segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa. Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918. Não foi reconhecido na literatura de sua época, apenas após sua morte. Viveu uma vida boêmia, solitária e entregue à bebida. Quando tornou-se alcoólatra, foi internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha, em razão das alucinações que sofria durante seus estados de embriaguez. Lima Barreto fez de suas experiências pessoais canais de temáticas para seus livros. Em seus livros denunciou a desigualdade social, como em Clara dos Anjos; o racismo sofrido pelos negros e mestiços e também as decisões políticas quanto à Primeira República. Além disso, revelou seus sentimentos quanto ao que sofreu durante suas internações no Hospício Nacional em seu livro O cemitério dos vivos. Sua principal obra foi Triste fim de Policarpo Quaresma, no qual relata a vida de um funcionário público, nacionalista fanático, representado pela figura de Policarpo Quaresma. Dentre os desejos absurdos desta personagem está o de resolver os problemas do país e o de oficializar o tupi como língua brasileira.

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