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Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen nasceu em 1837 no principado de Sigmaringen, no atual estado alemão de Baden-Wurtemberg. Era neta do príncipe reinante, filha dos príncipes herdeiros e parente próxima dos Bonaparte. Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Pedro V em 1858, faleceu em Lisboa no ano seguinte. A sua curta vida, tão ao gosto romântico, foi rapidamente idealizada. Mulher instruída, com convicções políticas firmes e espírito reformador, foi, contudo, incapaz de ter a influência que desejava. Quanto à apreciação da relação conjugal, também aqui este livro se afasta da interpretação comum. Maria Pia de Saboia nasceu em 1847 em Turim, capital do reino da Sardenha. Era neta do rei Carlos Alberto, filha dos príncipes-herdeiros, Vítor Manuel de Saboia e Maria Adelaide de Habsburgo. Tornou-se rainha de Portugal em 1862, não tendo ainda 15 anos. A figura de Maria Pia tem sido tratada com displicência, dela se forjando uma imagem distorcida. O recurso a documentação privada permite rever profundamente a sua personalidade. Mulher inteligente, generosa, arrojada e majestosa, foi a rainha mais amada no século XIX, a que mais tempo «reinou» e a que mais contribuiu para a boa imagem da família real, apesar dos seus gastos. Manteve com D. Luís uma relação terna e cúmplice, inclusive em assuntos políticos. No reinado de D. Carlos exerceu ação diplomática até agora ignorada. Quanto ao rumor sobre a sua loucura após o Regicídio, não se encontraram provas que o sustentem. Faleceu no seu Piemonte natal em 1911, após 9 meses de exílio. Maria Pia de Saboia nasceu em 1847 em Turim, capital do reino da Sardenha. Era neta do rei Carlos Alberto, filha dos príncipes-herdeiros, Vítor Manuel de Saboia e Maria Adelaide de Habsburgo. Tornou-se rainha de Portugal em 1862, não tendo ainda 15 anos. A figura de Maria Pia tem sido tratada com displicência, dela se forjando uma imagem distorcida. O recurso a documentação privada permite rever profundamente a sua personalidade. Mulher inteligente, generosa, arrojada e majestosa, foi a rainha mais amada no século XIX, a que mais tempo «reinou» e a que mais contribuiu para a boa imagem da família real, apesar dos seus gastos. Manteve com D. Luís uma relação terna e cúmplice, inclusive em assuntos políticos. No reinado de D. Carlos exerceu acção diplomática até agora ignorada. Quanto ao rumor sobre a sua loucura após o Regicídio, não se encontraram provas que o sustentem. Faleceu no seu Piemonte natal em 1911, após 9 meses de exílio.
Author

MARIA ANTÓNIA LOPES nasceu em Longroiva (concelho de Meda, distrito da Guarda) a 13 de Junho de 1960. É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1982), Mestre em História Moderna (1988), Doutora (2000) e agregada (2008) em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Coimbra. Entre 1983 e 1987 foi professora dos ensinos preparatório e secundário, sendo actualmente professora agregada no Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura (CHSC-FL/UC), investigadora colaboradora do Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR/UCP) e Directora do Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra. Tem como áreas de investigação a história da pobreza e da assistência; a história das marginalidades e do controlo social e a história do pensamento social. Publicou "Os expostos no concelho da Meda em meados do século XIX (1836-1866). Subsídios para o seu estudo", Revista Portuguesa de História, tomo XXI, Coimbra, 1984, "A estrutura social de São Paulo e as suas relações com o bandeirismo (séculos XVI e XVII)", História, n.os 94 e 95, Lisboa, 1986 e "Notas para o estudo do papel social da mãe, representações e normas no Theatro de Manoel de Figueiredo", Revista Portuguesa de História, tomo XXIV; Pobreza, assistência e controlo social em Coimbra, 1750-1850; História Breve das Misericórdias Portuguesas, 1498-2000 (co-autoria com Isabel G. Sá); António Ferrer Correia 1912-2003. Uma fotobiografia (co-autoria com Maria João Padez de Castro); Protecção Social em Portugal na Idade Moderna; Rainhas que o Povo Amou: Estefânia de Hohenzollern e Maria Pia de Sabóia.