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Wprowadzenie do ontologii bytu społecznego
Series · 3 books · 1969-1984

Books in series

Para Uma Ontologia do Ser Social I book cover
#1

Para Uma Ontologia do Ser Social I

1984

György Lukács é um dos maiores expoentes do pensamento humanista do século XX e Para uma ontologia do ser social é a mais complexa sistematização filosófica de seu tempo. Considerada uma das mais importantes obras do filósofo húngaro, concebida no curso dos anos 1960, a Ontologia (como se tornou conhecida) significa o salto daquela intuída à ontologia filosoficamente fundamentada nas categorias mais essenciais que regem a vida do ser social, bem como nas estruturas da vida cotidiana dos homens. O primeiro volume de um dos centrais projetos editoriais da Boitempo, acalentado por mais de uma década, finalmente chega às livrarias brasileiras com primorosa apresentação de José Paulo Netto e tradução direta do alemão por Mario Duayer e Nélio Schneider, acrescida da tradução de Carlos Nelson Coutinho, introdutor de Lukács no Brasil e profundo conhecedor de sua obra, baseada na edição italiana. O texto contou também com uma minuciosa revisão técnica de Ronaldo Vielmi Fortes, auxiliado por Ester Vaisman e Elcemir Paço Cunha.
Para Uma Ontologia do Ser Social II book cover
#2

Para Uma Ontologia do Ser Social II

1981

Obra de síntese, Para uma ontologia do ser social é a mais complexa sistematização filosófica de seu tempo. Considerada o ápice intelectual do filósofo húngaro György Lukács, um dos maiores expoentes do pensamento humanista do século XX, a Ontologia (como se tornou conhecida), concebida no curso dos anos 1960, significa o salto da ontologia intuída à ontologia filosoficamente fundamentada nas categorias mais essenciais que regem a vida do ser social, bem como nas estruturas da vida cotidiana dos homens. O segundo volume de um dos projetos editoriais centrais da Boitempo, acalentado por mais de uma década, finalmente chega às livrarias brasileiras, com prefácio de Guido Oldrini, orelha de Ricardo Antunes e tradução direta do alemão por Nélio Schneider, com colaboração de Ivo Tonet e Ronaldo Vielmi Fortes. O texto contou também com uma minuciosa revisão da tradução por Nélio Schneider e revisão técnica de Ronaldo Vielmi Fortes. Pouco depois de terminar sua Estética, Lukács deu início à realização de um projeto de longo prazo: escrever uma Ética sistemática, que seria o somatório de todas as suas obras. Produziu um esboço sem dificuldades. Dois meses depois, no entanto, reclamava que sua Ética avançava muito lentamente, pois parecia necessário primeiro escrever uma grande parte introdutória sobre a ontologia do ser social. Essa “parte introdutória” acabou se tornando uma obra gigantesca, de cerca de 2 mil páginas, intitulada Para uma ontologia do ser social. Esta, por sua vez, obrigou Lukács a escrever seus Prolegômenos para uma ontologia do ser social – obra à qual ele tentava dar os retoques finais quando morreu, em junho de 1971. Assim, Lukács não conseguiu realizar aquele que talvez tenha sido seu projeto mais caro: a elaboração dos princípios fundamentais de uma ética marxista. Apesar de hoje estarmos suficientemente documentados acerca da Ontologia como obra autônoma, toda a discussão futura a seu respeito não deve desconsiderar o fato de a obra ter sido concebida como parte integrante do empenho de Lukács em identificar o quadro referencial ético próprio das relações humanas socialistas. Quem pretender estudar as grandes obras finais de Lukács tem de haver-se com uma arraigada desconfiança dos estudiosos para com o conceito que é o eixo delas: o de “ontologia”. Com a desqualificação que pesa sobre este conceito há pelo menos dois séculos, após a condenação inapelável de Kant, somente com o seu “renascimento” no século XIX, ao longo da linha que de Husserl vai até Nicolai Hartmann, passando pelo primeiro Heidegger, é que a “ontologia” toma um novo caminho, abandonando qualquer pretensão de deduzir a priori as categorias do real, referindo-se criticamente, desse modo, ao seu próprio passado (ontologia “crítica” versus ontologia dogmática). Lukács parte daqui, mas vai além: não só critica a ontologia “crítica” de tipo hartmanniano (sem falar de Husserl e Heidegger), mas desloca o centro de gravidade para aquele plano que ele define como “ontologia do ser social”. Surge, desse modo, uma ontologia crítica marxista, acolhida de imediato com a suspeita e a desconfiança pelos representantes de todas as orientações da literatura crítica, pelos filósofos analíticos, neopositivistas, fenomenólogos, por leigos como Jürgen Habermas, espiritualistas como Ernest Joós, mas também, na primeira linha, por marxistas ortodoxos. Desta forma, a Ontologia de Lukács teve bastante dificuldade para se impor, e somente há algumas décadas começou a obter o lugar que lhe é devido, além de seu justo reconhecimento historiográfico. Hoje vale tranquilamente o que afirmou o seu editor, Frank Benseler, no volume publicado na Alemanha: “Ninguém pode contestar o fato de que ela representa uma virada no marxismo”. A “totalidade” no novo sentido (ontológico) marxista tem um papel fundamental na investigação de Lukács. Ela constitui o eixo para a correta compreensão das leis do desenvolvimento objetivo do real, assim como a dialética é o eixo dos nexos entre os seus momentos. Filosoficamente, são Marx e Lenin que lhe mostram o caminho para esta “pretensão de totalidade”: Marx – escreve Lukács – fala muitas vezes do “momento predominante” (von dem übergreifenden Moment), que está objetivamente presente em um nexo dialético e que é tarefa do conhecimento e da práxis tornar explícito; Lenin usa muitas vezes a bela imagem do “elo da cadeia” que deve ser agarrado para segurar firmemente toda a cadeia e preparar a passagem para o elo seguinte. No que tange ao esclarecimento da dialética entre os estratos do ser, a Ontologia traz todo um aparato e um instrumental conceitual adequado, que antes inexistia inteiramente – e era até impensável. A Ontologia, continuando mas também desenvolvendo a batalha teórica iniciada com a virada dos anos 1930, tem como objetivo a elaboração de uma teoria da completa emancipação humana, da superação da mera singularidade particular (o individualismo) em direção àquilo que, para o homem, é a su...
Prolegômenos Para Uma Ontologia do Ser Social book cover
#3

Prolegômenos Para Uma Ontologia do Ser Social

questões de princípios para uma ontologia hoje tornada possível

1969

Após a publicação da primeira parte de sua Estética, em 1963, o filósofo húngaro György Lukács começou a trabalhar no ambicioso projeto de uma Ética que sintetizaria sua longa trajetória intelectual. Em suas investigações, porém, notou a “necessidade de uma elaboração prévia: a determinação histórico-concreta do modo de ser e de reproduzir-se do ser social”, como aponta José Paulo Netto, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esses esforços são concluídos em 1969 e publicados postumamente com o título de Para uma ontologia do ser social. Com o objetivo de explicar melhor alguns conceitos apresentados, no início dos anos 1970 Lukács passa a trabalhar no manuscrito do que seriam os Prolegômenos para uma ontologia do ser social: questões de princípios para uma ontologia hoje tornada possível, publicados também postumamente, em 1984, e agora traduzidos pela primeira vez para o português pela Boitempo Editorial. Um dos pensadores marxistas mais importantes de todos os tempos, Lukács tinha como objetivo ao escrever sua Ontologia reexaminar passo a passo as categorias fundamentais do pensamento de Marx, “iniciando pela retomada das considerações marxianas acerca do trabalho como complexo central decisivo do ser social, passando pelo problema da reprodução, da ideologia, e culminando no tratamento da alienação”, como explicam Ester Vaisman, professora de filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, e Ronaldo Vielmi Fortes, especialista na obra lukacsiana, responsáveis respectivamente pela supervisão editorial e pela revisão técnica da obra, além de autores da completa apresentação à edição brasileira. Ainda segundo Vaisman e Fortes, o autor apresenta uma denúncia de que o caráter ontológico do pensamento de Marx ficou obscurecido “pela rigidez dogmática em que o marxismo se viu imerso desde a morte de Lenin, que rechaçava a discussão acerca da ontologia, qualificando-a de idealista e/ou simplesmente metafísica”. Ao contrário do que alguns detratores do marxismo costumam afirmar, Lukács buscava mostrar como não há em Marx um determinismo unívoco da esfera econômica sobre as outras instâncias da sociabilidade: “o cerne estruturador do pensamento econômico de Marx se funda na concepção da determinação recíproca das categorias que compõem o complexo do ser social”, como explicam os autores da apresentação. A base econômica constitui o momento preponderante, mas interage com uma série de superestruturas de forma dialética e recíproca. Além de introduzir e contextualizar a Ontologia – também inédita em português e sendo preparada para publicação pela Boitempo – os Prolegômenos acrescentam a ela novas reflexões e abordagens, complementando-a. Partindo da premissa marxiana de que a realidade deve ser não somente analisada e compreendida mas principalmente transformada, ao redigir este material Lukács tinha nos ombros o peso de uma série de desilusões e derrotas da esquerda no período posterior à Revolução de 1917. Buscava partir de Marx para reformular as perspectivas revolucionárias de então, apontando respostas aos impactos que o stalinismo causara no projeto comunista. Certamente aqueles que ainda se preocupam com uma atuação social transformadora não podem deixar de analisar esta importante contribuição para o pensamento revolucionário. Segundo Nicolas Tertulian, professor da École de Hautes Études en Sciences Sociales, a obra “tem o valor de um testamento por constituir o último grande texto filosófico de Lukács. Concebida como uma introdução ao texto principal da Ontologia, representa, de fato, uma vasta conclusão”. Trecho da obra "Nossas considerações visam determinar principalmente a essência e a especificidade do ser social. Mas, para formular de modo sensato essa questão, ainda que apenas de maneira aproximativa, não se devem ignorar os problemas gerais do ser, ou, melhor dizendo, a conexão e a diferenciação dos três grandes tipos de ser (as naturezas inorgânica e orgânica e a sociedade). Sem compreender essa conexão e sua dinâmica, não se pode formular corretamente nenhuma das questões autenticamente ontológicas do ser social, muito menos conduzi-las a uma solução que corresponda à constituição desse ser. Não precisamos de conhecimentos eruditos para ter a certeza de que o ser humano pertence direta e – em última análise – irrevogavelmente também à esfera do ser biológico, que sua existência – sua gênese, transcurso e fim dessa existência – se funda ampla e decididamente nesse tipo de ser, e de que também tem de ser considerado como imediatamente evidente que não apenas os modos do ser determinados pela biologia, em todas as suas manifestações de vida, tanto interna como externamente, pressupõem, em última análise, de forma incessante, uma coexistência com a natureza inorgânica, mas também que, sem uma interação ininterrupta com essa esfera, seria ontologicamente impossível, não poderia de modo algum desenvolver-se interna e externamente como ser social."

Author

Gyorgy Lukacs
Gyorgy Lukacs
Author · 25 books

György Lukács was a Hungarian Marxist philosopher, aesthetician, literary historian and critic. He is a founder of the tradition of Western Marxism, an interpretive tradition that departed from the Marxist ideological orthodoxy of the Soviet Union. He developed the theory of reification, and contributed to Marxist theory with developments of Karl Marx's theory of class consciousness. He was also a philosopher of Leninism. He ideologically developed and organised Lenin's pragmatic revolutionary practices into the formal philosophy of vanguard-party revolution. His literary criticism was influential in thinking about realism and about the novel as a literary genre. He served briefly as Hungary's Minister of Culture as part of the government of the short-lived Hungarian Soviet Republic.

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