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Amélia de Orleães foi a última rainha de Portugal. Entre o seu nascimento e a morte no exílio viveu oitenta e seis anos repletos de momentos felizes, mas também de desilusões e traições. A sua vida foi uma luta contínua, espelhando um dos períodos mais críticos da história de Portugal e da Europa. Elegante, amável e culta, D. Amélia parecia ser a esposa ideal do rei D. Carlos. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam. Porém, o «ofício» de rainha consorte foi mais além. Graças à sua iniciativa modernizaram-se os setores da saúde pública e da assistência social em Portugal. No ramo das artes, devemos-lhe sobretudo a criação do Museu dos Coches (1905). Em 1908 presenciou o assassinato do marido e do filho mais velho, e, no dia 5 de outubro de 1910, foi obrigada a partir de Portugal. Faleceu em outubro de 1951, em Versalhes. Os seus restos mortais foram trasladados para Portugal e repousam no Panteão dos Braganças, ao lado do marido e dos filhos. Conteúdo da obra INTRODUÇÃO: UMA RAINHA MAL-AMADA? PARTE I—ERA UMA VEZ UMA PRINCESA... De Baby a Grande A «Paris» O último casamento real Mãe e educadora O ofício: ser rainha consorte Uma maternidade social Uma rainha diplomata para o rei Diplomata A mártir PARTE II—DO EXÍLIO TAMBÉM SE VOLTA... Revolução ou traição? Nas neblinas inglesas Guerra, dor e luto Antes do fim «Levem-me para Portugal»
Author

Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1979) e doutorada em História Moderna e Contemporânea, pela Universidade do Minho (2001), onde é Professora Auxiliar com Agregação, do Departamento de História, desde 2008. É investigadora do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM-FLUP) e, em 2001, recebeu o Prémio Alberto Sampaio para o melhor trabalho desenvolvido no âmbito da História Económica e Social. Além de vários artigos e capítulos de livros, é autora das obras Herança e sucessão: leis, práticas e costumes no termo de Braga (séculos XVIII-XIX) (Braga: [s.n.], 2000, tese de doutoramento) e A rainha mal-amada: Amélia de Orleães (Lisboa: Círculo de Leitores, 2012).