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Originalmente publicado em 1974, o livro é escrito em primeira pessoa. “Meu nome é Kathy Acker. A história começa comigo totalmente entediada”, logo declara a autora. E sua prosa é escrita no ritmo do pensamento, por isso convoca quem lê a embarcar em sua viagem vertiginosa. Conforme um sonho se repete também são parágrafos inteiros que reaparecem, em um exercício literário no qual conteúdo e forma são inseparáveis um do outro. A cada capítulo, Acker já não é ela mesma, e as personagens nas quais se converte contam suas histórias de prazeres, vícios, delírios. Nesse sentido, mais do que produzir um discurso supostamente verdadeiro sobre sexualidades, o livro experimenta múltiplas possibilidades do corpo, do gênero e da linguagem. E para quem espera uma escrita frenética sobre prazeres, o livro surpreende. Acker consegue articular sua experimentação a cenários muitas vezes compostos por instituições disciplinares—escolas, hospitais, prisões—que modulam os desejos e possibilidades de nossas vidas. Parece ser, pois, de suas amarras que a autora busca escapar.
Author

Born of German-Jewish stock, Kathy Acker was brought up by her mother and stepfather (her natural father left her mother before Kathy was born) in a prosperous district of NY. At 18, she left home and worked as a stripper. Her involvement in the sex industry helped to make her a hit on the NY art scene, and she was photographed by the newly fashionable Robert Mapplethorpe. Preferring to be known simply as 'Acker' (the name she took from her first husband Robert, and which she continued to use even after a short-lived second marriage to composer Peter Gordon), she moved to London in the mid-eighties and stayed in Britain for five years. Acker's writing is as difficult to classify into any particular genre as she herself was. She writes fluidly, operating in the borderlands and junkyards of human experience. Her work is experimental, playful, and provocative, engagingly alienating, narratively non sequitur.